Cuidar da saúde íntima é fundamental e isso inclui desde as atitudes mais simples como boa higiene, até consultar-se com um ginecologista regularmente. Por isso, sempre vale perguntar: você costuma ir constantemente ao ginecologista?
Independente da resposta, neste artigo queremos evidenciar que essa atitude é essencial e, acredite, promove diversos benefícios para a saúde íntima feminina.
São nas consultas ginecológicas que acontece o diagnóstico de alterações no útero, a constatação de uma gravidez ou até mesmo a presença de doenças ginecológicas, por exemplo.
Por que é indispensável ir anualmente ao ginecologista?
Antes de respondermos a essa pergunta, é importante destacar que a ginecologia é uma especialização da medicina que cuida do diagnóstico e tratamento da saúde feminina, mais especificamente do sistema reprodutor, desde a infância até a terceira idade.
Ao realizar um acompanhamento ginecológico regular, você estará utilizando a prevenção para promover mais saúde e bem-estar ao seu corpo e sabe por quê? Porque determinadas doenças ou problemas que ocorrem nas regiões íntimas, geralmente não apresentam sinais claros de que estão ali.
Portanto, somente o ginecologista, com exames direcionados e uma avaliação completa, concederá um diagnóstico assertivo e atestará qual é a melhor forma de tratamento.
Quantas vezes você também já não ouviu que, qualquer doença, principalmente íntima ou sexualmente transmissível, tem mais chance de cura quando é descoberta precocemente?
Doenças ginecológicas mais comuns
Mas, você conhece quais são as doenças ginecológicas mais recorrentes? Caso a resposta seja não, fique tranquila! Listamos abaixo quais são elas:
Corrimento Vaginal
A secreção vaginal normal costuma ser branca ou transparente, não possui cheiro e vem em diferentes quantidades, dependendo da situação. Caso o corrimento fuja do padrão da cor branca ou transparente e possua algum tipo de cheiro, é provável que alguma infecção possa estar acontecendo na região íntima, podendo até mesmo ser uma IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis).
Vulvovaginite
Consiste na alteração inflamatória da vulva, vagina e colo do útero. Geralmente é uma condição desencadeada por infecção de bactérias, protozoários ou fungos. É comum afetar mulheres em idade reprodutiva, e costuma estar associada à baixa imunidade.
Infecção Urinária
Mulheres costumam sofrer mais com o problema por terem uma uretra mais curta e mais próxima ao ânus, local rico em bactérias provenientes das fezes. Quando não tratada, a infecção urinária pode acometer todo o trato urinário. Por isso, o recomendável é evitar roupas apertadas, não segurar a urina por muito tempo e evitar a utilização de duchas íntimas.
Endometriose
A Endometriose é uma afecção clínica caracterizada pela presença do tecido endométrio, camada que reveste o interior do útero, fora do lugar habitual. De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a Endometriose acomete cerca de 10% das brasileiras em idade reprodutiva e chega a 15% em escala global.
Em alguns casos, cerca de 2% a 22%, a condição pode ser assintomática, mas quando há sintomas, eles normalmente são: cólica menstrual intensa, dispareunia (dor sentida ao se tentar a relação sexual), dor pélvica não cíclica, desconforto ao urinar, alterações intestinais e, frequentemente, infertilidade.
SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos)
A SOP é considerada um distúrbio metabólico e hormonal, ou seja, é desencadeada por um aumento da resistência à insulina e pelo desequilíbrio dos hormônios reprodutivos, que causa a formação de cistos nos ovários, fazendo com que eles aumentem seu tamanho.
De acordo com a FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), do ponto de vista clínico, esta síndrome possui uma prevalência estimada de 6% a 10% em mulheres no período de atividade menstrual, destacando-se, portanto, como uma das desordens endócrinas mais comuns que afeta o público feminino em idade reprodutiva.
Miomas Uterinos
Os Miomas Uterinos, também conhecidos como Fibromas ou Leiomiomas, são tumores benignos (não cancerígenos) formados por uma única célula e originados no tecido muscular liso do útero. Esses tumores são muito comuns e algumas pesquisas estimam que até 80% das mulheres na idade fértil tenham miomas.
Os sintomas variam de acordo com a localização do mioma no útero. A maioria dos miomas é assintomática, mas quando se manifesta costuma ser caracterizada por:
- Sangramento menstrual anormal (fluxo muito grande);
- Pressão ou dor pélvica;
- Prisão de ventre;
- Dor durante as relações sexuais;
- Vontade de urinar frequente.
Consulte-se com um ginecologista!
E aí, você já conhecia todas essas doenças? Se você sente qualquer um desses sintomas ou até mesmo algum desconforto ginecológico, bem como possui alguma suspeita de anormalidade na sua saúde íntima, agende uma consulta com um ginecologista e realize seus exames periódicos.
Ah, lembre-se de compartilhar esse conteúdo com outras mulheres!
Referências
https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/18Z-ZSndromeZdosZovriosZpolicsticos.pdf
https://drapatriciavarella.com.br/blog/quais-as-doencas-ginecologicas-mais-comuns/